quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Margaridas de Pedra

Rose de Castro

Não olhe para as pedras
Olhe o céu. Está sorrindo...
Amarelo, azul e branco
E o verde.
Não vê? Ainda resiste!...
Por toda a parte
Por entre as pedras, cresce
Teima em sobreviver
Respira o orvalho
E nasce molhado
Beijando o concreto
Empurrando dejetos

As pedras
Geram margaridas
Brancas e amarelas
Paridas de sua barriga
Aprendendo a ser mãe
De margaridas de pedras
E de concreto

O céu resiste
O sol persiste
O verde insiste
E as margaridas sobrevivem
em frente
à minha janela

Vê?

Um comentário:

  1. Obrigada Su! Também amo demais esta poesia. Amo a natureza amadinha. Pq o homem não aprende a respeitá-la? O que será que acontece nesses corações de pedra??? Beijossssssss

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