sábado, 6 de novembro de 2010

Apocalipse

Túlio Roveda Durlo

Fuzilando vaza o espaço
o estilhaço irresponsável.
E no mesmo espaço vazando,
outro estilhaço fuzila
dando luz a guerra...
Pobre terra!

Na abóboda suspensa,
milhões aos milhões
despoluindo sem graça
a fumaça que ronda...
que passa desafiando.

Um bloco à gasolina
queimando água.
Portas que se abrem...
Rumos que se fecham!
É a guerra... pobre terra!

Uma pancada infernal...
Um barulho bruto
sem igual!
O mundo bate e volta...
(o mundo é uma bola)

Ventania que desce e sobe,
estufa o peito e assopra forte.
É gente valente caindo... é a morte!
Ventania que empurra
Puxa
Segura
Amarra
Desata
Ventania que inunda
Arranca
Afunda
Sufoca
Mata!
A vida parece à toa...
O mundo desconhece a razão
quando o perdão, não perdoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário