Gabriel M. Ribeiro
Escreve o seu nome de pecador na areia
e guarde a pedra que jogaria na mulher;
abaixe a cabeça por altivez e sabedoria
enleve o olhar quando nada para ver tiver.
Se perceba solitário no centro do universo,
nade e naufrague quantas vezes quiser,
se afague e se esfole neste ego perverso
sinta-se meio homem, meio fera, como puder...
Cante salmos, pinte telas ou beba absinto,
e desaloje-se do fausto trono dos desejos,
veja-se, por este outro, em mundo distinto
Assuma-se autor destes atos de despejo
demita-se de Ser movido só por instinto
e silencie em vida sua morte, seu cortejo...
sábado, 6 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário